Servidores do Socioeducativo de Goiás, mantém paralisação e lutam pelos seus direitos, mesmo após decisão Judicial.

Mesmo após a justiça determinar o retorno as atividades, os Servidores do Socioeducativo,optaram pela paralisação.

Servidores do Socioeducativo de Goiás, mantém paralisação e lutam pelos seus direitos, mesmo após decisão Judicial.

Servidores do Sistema Socioeducativo de Goiás mantêm paralisação apesar de decisão judicial.

Por Genivon Braga 

A Associação dos Servidores do Sistema Socioeducativo do Estado de Goiás (ASSED-GO) decidiu manter a paralisação iniciada nesta quinta-feira (20), mesmo após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinar a suspensão da paralisação e estabelecer multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento. A decisão judicial atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), que classificou a  como ilegal.

Apesar da determinação da Justiça, os servidores reafirmaram a continuidade da paralisação, argumentando que o movimento foi comunicado previamente e atende a todas as exigências legais. A principal reivindicação da categoria envolve melhores condições de trabalho, reajuste salarial e reconhecimento da periculosidade da função.

Déficit de servidores e más condições de trabalho

A presidente da ASSED-GO, Ana Leocádia de Lima Pires, denunciou a precariedade do sistema, destacando que há um déficit significativo de servidores, agravado pela ausência de concursos públicos nos últimos 15 anos. Segundo ela, em 2014, havia cerca de 500 agentes no sistema socioeducativo estadual, número que hoje não passa de 350 profissionais.

A categoria também denuncia a falta de benefícios trabalhistas essenciais, como adicional por insalubridade e periculosidade, vale-alimentação e plano de carreira atualizado. “Somos a única categoria que não teve reajuste no plano de carreira. Estamos há anos sem receber adicionais como insalubridade, periculosidade e penosidade. Estamos abandonados pelo Estado”, desabafou Leocádia. Atualmente, o salário base da categoria é de R$ 3.544.

Decisão judicial e impacto no sistema

O desembargador Aureliano Albuquerque Amorim, relator do caso, determinou a suspensão da greve parcial sob a justificativa de que a paralisação compromete serviços essenciais dentro das unidades socioeducativas. Ele destacou que a função dos agentes está diretamente relacionada à segurança de internos, servidores e da sociedade, tornando a continuidade da greve um risco à ordem pública.

No entanto, a ASSED-GO contesta essa decisão, afirmando que os servidores não interromperam as atividades essenciais, apenas reduziram as operações ao efetivo disponível. “Não estamos cometendo nenhuma ilegalidade. Apenas paramos de assumir tarefas além da nossa capacidade. O Estado usou de má-fé para tentar nos enfraquecer”, declarou Leocádia.

A paralisação, que teve início nesta quinta-feira (20), está prevista para continuar até o domingo (23), conforme o cronograma estabelecido pela ASSED-GO. O movimento busca chamar a atenção do governo para a situação crítica enfrentada pelos profissionais e pressionar por avanços nas negociações.

A categoria segue mobilizada e reforça que não aceitará recuos sem propostas concretas para melhorias no sistema. O Governo do Estado ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis novas rodadas de negociação com os servidores.

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